quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Trio muito FODA!


Agora sim uma banda brasileira postada aqui no blog. Ainda é instrumental, porém quem quiser ouvir vozes some ao trio o João Bosco. O título deste post resume tudo da banda Nosso Trio e serei breve na descrição. Nelson Faria tem 45 anos e o considero um dos melhores guitarristas do Brasil. Já o vi tocar ao vivo e é impecável. E além de impecável consegue criar uma atmosfera pra cada estilo de música tocada. O que pode ser espantoso pra quem tem tanta técnica. Viveu muito tempo em Brasília, estudou nas melhores escolas americanas e teve aula com os mais renomados como Joe Diorio, Scott Henderson, Joe Pass e outros tantos. E além disso tudo já tocou em um catatau de lugares e com um catatau de gente famosa no Brasil e no mundo. O mesmo pode se falar do baixista Nico Assumpção e o baterista Kiko Freitas. Ambos estudaram e tocam demais.

Tudo bem que no planeta Terra o que mais tem é gente tocando e, mais espantoso ainda, tocando muito rápido. Tão rápido que devem estar na esperança de atingir a velocidade do Large Hadron Collider, o acelerador de partículas do Centro Europeu de Física de Partículas. Só que isso me faz lembrar as palavras de um violonista brasileiro Nonato Luiz - muito bom, por sinal - que disse mais ou mesno assim: "não interessa tocar rápido, som limpo, as músicas dos outros... O que fica é a obra". O que concordo desde a infância com ele.

Site dos Músicos:
Nelson Faria
Kiko Freitas
Nico Assumpção

Link para download: Vento Bravo

Rodolfo

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Quantificação dos Sentimentos

Acho que quase todos os posts deste blog já foram ou serão conversa de bar. E esse não será diferente. Penso há algum tempo sobre como colocar em palavras alguns sentimentos tais como amizade, amor, admiração, etc. A minha conclusão é que não dá. Não adianta falar isso ou aquilo. Os sentimentos têm um tratamento clássico, ou seja, não podem ser quantificados por palavras de dicionário, estão no contínuo. O meu pensamento é que mesmo se falarmos ‘eu te amo’ estaremos definindo algum estágio para se amar, ou gostar, ou adorar. E então, qual é? A partir de qual momento passamos a adorar, a gostar? E por aí vai quem for catar outros adjetivos. A partir de qual experiência temos certeza que naquele momento se estabeleceu uma amizade, por exemplo? Isto é, já vivenciamos tudo nesta vida? Se podemos falar ‘te amo’, seria esse o estágio mais avançado de falar se gostamos de alguém? Se for sim, então existe uma cota superior, o que caracterizaria uma quantificação.
As palavras quando se referem a sentimentos são vazias, perdem sentido. Muito bem, mas temos que nos comunicar. É assim que acontece. As palavras incitam, por sua vez, sentimentos e o que estou querendo dizer perde um pouco o sentido. Não tanto assim. Requer contexto sempre, não posso negar. O que trato aqui é de transmissão, canal, e nunca poderemos dizer que amamos alguém da mesma forma como amamos outrem, apesar de as palavras serem as mesmas – sempre num sentido lato, pois poderia falar de raiva, ódio, ira. Concordo que, por exemplo, uma pessoa irada pode ser uma com mais ódio do que raiva e assim por diante. Mas onde há essa distinção? Qual é a linha que os separa? Tal linha não existe. Às vezes devemos nos preocupar menos com esses tipos de palavras e prestar atenção em algo com mais conteúdo. Talvez isso tudo seja uma visão bastante particular, mas é uma visão.

Rodolfo