domingo, 1 de novembro de 2009

Densidade Infinita - Revisited



Aqui está um disco bastante difícil de se encontrar que foi comprado recentemente pelo Esquadrão SS. Já foi postado o último trabalho da banda que aliás é estupendo. Este, de 2002, entitulado Between Sunlight and Shadow, é bem diferente, comparado ao Of All The Mysteries. Quando digo diferente não se pode supor que seja pior. Leva uma temática diferente com diversas músicas intercaladas, umas bastante curtas e outras de tamanho médio, sempre no intuito de dar continuidade aos temas e construir com calma o clima guiado pelos teclados de John Green. O trabalho das vozes é muito bem feito. A única parte que, para mim, deixou a desejar foram alguns timbres de guitarra.

Esta postagem é mais um presente aos companheiros de blog que procuraram este cd. Excelente! Desfrutem.

Site

Link: Between Sunlight and Shadow


Rodolfo

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Pensamento Científico - Revisited




Uma das principais diferenças fundamentais entre Religião e Ciência é o método científico. Isto é, podemos ser tão criativos em criar deuses quanto leis. Ambos não precisam de provas e estão engendrados em nossa observação e flexibilidade de definição. Alguns creditam fenômenos naturais a entidades para explicar e/ou predizer fatos. Alguns não, todos. Só estamos mudando nomes, palavras, pois posso dizer tanto vontade de Deus quanto campo elétrico. Falta algo mais.

Esse algo mais é chamado lógica. Todo pensamento atual, englobando as diversas ciências, é suposto ter caráter lógico e alguma teoria é dita ser do tipo dedutiva. Ou seja, arquitetamos um punhado - quanto menos melhor - suposições e chegamos a um resultado baseado em conclusões lógicas. Uma teoria dedutiva é a geometria criado por Euclides em que todos seus teoremas são criados a partir de definições, postulados e axiomas por meio de raciocínio lógico. Axiomas são teoremas considerados evidentes por si só na natureza e, portanto, não precisam de provas. Os postulados são afirmações construídas em cima de definições, assim como ponto, reta, quadrilátero etc. Também é comum encontrar esses termos como intercambiáveis. Parece bobo, a princípio, mas o fato é que essa argumentação lógica foi tão seguida à risca que por mais de 2 mil anos os teoremas de Euclides foram considerados como verdade absoluta!

Vejamos então como a mudança procedeu e suas implicações. Conhecido como axioma das retas paralelas, em que "por um ponto fora de uma dada reta, pode-se traçar uma e somente uma reta paralela àquela dada reta", foi alvo de objeção, por Gauss, Reimann, Lobachevski e outros, no século XIX. Nasceram então as geometrias não euclidianas. Como o assunto não é estritamente
matemática aqui, uma consequência de tal pensamento é refletido sob vários ângulos. Em primeira instância, se torna visível que em uma teoria dedutiva o ponto de partida na criação de axiomas não é auto-evidente ou dado pela razão pura (seja de quem for), mas sim, por uma quesntão de escolha! Dependendo de onde partimos chegaremos em diferentes resultados. Isso é bem esquisito se pensarmos que do nada chegamos a algum lugar. Joguem pedras na Ciência mas o fato é que nos desenvolvemos e temos um jeito de transmitir o discurso do papa para quem bem entendermos ou mesmo mandarmos um e-mail, puxarmos a descarga...

Ainda, dentro dessa aparente escolha arbitrária, sempre temos em mente uma concatenação lógica de eventos para alcançarmos algum resultado. E outra questão que inevitavelmente surge é se realmente a natureza se comporta de maneira lógica. Sinceramente, não tenho ideia concreta. Mas acho que se for de maneira lógica, um dia chegaremos a expressão matemática dela. Quando aí é pedir demais... Uma certeza que temos é que a lógica indubitavelmente traz frutos e não estamos perdendo tempo em considerá-la em todos os aspectos, até mesmo nos momentos mais randômicos do nosso dia-a-dia ou no imprevisível mercado de ações.

Bem, como axioma não é algo tão evidente assim quanto parece e damos ao luxo de nem mesmo prová-lo, o cuidado tem que ser redobrado na sua formulação. Em pormenores, seu conjunto de axiomas não pode ser redundante - não se pode derivar um axioma de outro - e, ainda, não pode ser contraditório - não se pode derivar um teorema e sua negação advinda da mesma estrutura/conjunto axiomático. Provar a ausência desses dois requerimentos é de enorme dificuldade. Já dogmas...


Rodolfo

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Test Audition



Então chegou a encomenda. Dentre tantos me supreendeu algo de nosso grande Brasil. Algo que deve ser novo para a grande maioria, tenho certeza. Haddad é uma banda não nova em tempo, e sim uma banda nova em atitude. Concentraram-se em somente fazer música de qualidade. Segue nota do encarte:
"Eros & Thanatos é conceitual e sintético:para mim representa aquele pote de ouro que somente os sonhadores encontram onde termina o arco-íris. Impossível dizer, na altura, se com ele chegamos ao fim da estrada; de uma longa e fantástica estrada musical.
O álbum que você tem em mãos abriga história e faz juz aela. A histórias de nossas vidas. Suas canções têm origensdiversas. No tempo, no espaço, na temática que abordam, nas emoções a partir das quais foram gestadas e a que se reportam. Muitas delas datam de quinze, vinte anos atrás... Claro, sofreram mutações; aperfeiçoamentos (quero crer), desde o dia em que vieram à luz até o momento em que foram gravadas e disponibilizadas para audição no formato que se tem aqui e agora. Daí tantas dedicatórias nos créditos e tantas remissões.
As dezenoves músicasdo repertório de Eros e Thanatos funcionam como corda de amarração, como elos que unem fortemente uma extensa cadeia criativa. A contar da overture: Deuses, anjos, homens & bestas. Quem acompanha a saga da banda há de perceber, faz alusão (explícita no título e implícita no fenótipo) ao cd lançado peloHaddad em 1997. Não estava pronta naquele ano (a propósito, DAHB foi a última peça composta para este disco), mas ergue uma ponte abstrata, metafórica, necessária entre passado e presente, entre o monstruoso da aurora e o angelical do anoitecer, entre o romantismo e impressionismo, entre o acústico brutal e o eletrônico singelo, entre inclinações e oscilações estilísticas aparentemente inconciliáveis, porém inexoráveis, como a trajetória descrita pelo pêndulo de foucault. ...]


Com letras em sua maioria em português, o album, lançado neste ano!, é bem eclético e deve agradar a qualquer amante da boa música. Deixo o CD 1 para degustação...

Site

Link: Haddad - Eros & Thanatos

ouLink
Link alternativo: Haddad - Eros & Thanatos



Rodolfo

Culinária musical

Compensando pelos tempos que nosso blog parecia abandonado e criava teias de aranhas, agora o ritmo de postagens é frenético. A postagem de hoje serve a mesma função daquela coisinha irritante do MSN que mostra o que o outro indivíduo está ouvindo, algo que varia normalmente entre clássicos do rock e porcarias atuais como John Mayer, Jack Johnson...

Mas aqui tudo é diferente! Quero mostrar o que tem deixado meus cabelos em pé e de ouvidos cheios nesses últimos dias. Sabe aquele disco que vc fica protelando em ouvir, sempre aparece na reprodução randômica do Media Player e vc pula... Até que finalmente tomei coragem e ouvi o disco na íntegra, uma, duas, três e quatro vezes. Foi o suficiente, estou fascinado pelo disco! E qual seria a obra em questão? Ah, boa pergunta, é de uma banda chamada Lobster Newberg, e o disco em questão é entitulado Actress.

Essa banda usa uma fusão de sons muito doida, contendo elementos do rock progressivo, jazz, metal, fusion, blues e outras coisas mais. A salada de sons tem uma execução magnífica e bem produzida. O disco tem atmosferas distintas entre as músicas e consegue acatar uma boa gama de texturas musicais. Realmente uma obra diferente e que dá gosto de escutar... Mas lembrando o que foi falado no início do post, talvez seja uma banda que vc relute em ouvir, crie uma antipatia repentina ao ouvir algun acorde estranho. Mas não se desespere, ouça com calma e atenção e tente curtir cada passagem e atmosfera criadas no disco.

E o culinária musical no título? Ah, isso refere-se da onde vem o nome da banda, é um prato de lagosta e coisas a mais que foi inventado por um cara chamado Ben Wenberg e fazia parte do menu de um restaurante na cidade de New York chamado Delmonico's Restaurant. O nome original do prato continha o nome de seu criador, Wenberg, mas após uma briga com o dono do restaurante o chef mudou o nome do prato para Newberg e continuou servindo o mesmo prato. Cultura inútil, não?

Dados da banda:
País: EUA
Cidade: Chicago

Integrantes:
Colin Peterik - Voz e teclado
Phil Miller - Guitarra
Jamie Dull - Bateria
Corey Kamerman - Baixo


Danda


sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A recorrente e infinita discussão sobre Música




Bom, mais uma vez eu gostaria de abordar um tema amplamente discutido em mesas de botecos nessa vida. Um tema muito comum de surgir, mas que SEMPRE gera discussões calorosas e exaltadas. A temática tem relação fundamental com a essência desse blog, o tema em questão nada mais é do que... Música.

Simples, porém complexo.

Explico-me: como se nota pelo blog que mantemos, somos admiradores da boa música. Aqui nós exaltamos a música não notada pelas massas, a música nova, a amplitude de gêneros e bandas que o mundo atual nos proporciona, a diversidade cultural da origem da música... Porém, é uma visão um tanto quanto atípica, se tratando de maiorias. As pessoas costumam viver pela inércia, costumam apenas reproduzir o que assistem na televisão, o que ouvem no rádio ou o que o último sucesso da balada noturna. As pessoas tendem a se tornar apenas meios de reprodução, negando sua essência humana de ser um elemento de criação. Isso não me admira, pois vivemos na era do poder dos conglomerados midiáticos, das grandes redes de transmissão e reprodução de cultura cirurgicamente criada em escritórios das gigantes corporações do meio do entretenimento. O que se entende por cultura agora é simplesmente um bem de mercado. Pode-se dizer que pegaram a ‘cultura’ e abriram seu capital na bolsa, agora quem tem mais dinheiro tem controle sobre a ‘cultura’. E todos bem sabem que isso não é nenhuma teoria da conspiração ou devaneio da minha cabeça, pois o mundo bem entende como que funciona o mercado e qual é o poder do dinheiro. É natural que uma grande emissora de televisão vá cobrar de um artista um certo ‘jabá’ para colocá-lo no horário de pico de audiência no sábado à tarde. Da mesma forma acontece com as rádios e outros meios de mídia. Mas quem está exposto a esse tipo de ‘cultura’ não pensa e se questiona o porquê de tudo isso...

Mas, pela sanidade das mentes pensantes, ainda existem aqueles que se esforçam para entender sua realidade e são capazes de desconstruir aquilo que nos é martelado na cabeça desde que viemos a esse mundo, e são capazes de criar coisas novas. Pessoas que ainda resguardam uma gota de racionalidade e conseguem repelir o que o mercado tenta empurrar pela nossa goela. São seres que se aproveitam de sua capacidade intelectual para se tornar fonte e recepctor de novas e belas criações. Apreciar a boa música não é simplesmente uma questão de gosto, é uma questão de compreensão. Claro que música tem muito a ver com o gosto de cada um, mas a boa música se alastra por todas as categorias e gêneros musicais, permitindo que cada um ache seu gosto dentro desse amplo espectro de cultura legítima. Boa música tem a ver com seriedade, competência, dignidade, paixão, etc, etc. A boa música é feita por quem ama fazer música, por quem tenta entender o mínimo sobre o mundo musical, para tentar criar algo novo e bem lapidado, que seja capaz de transmitir sentimentos e experiências inexplicáveis. A boa música é feita com razões mais nobres do que ‘vender’ ou ‘fazer todo mundo dançar’, ela deve ter razoes que dignificam a essência do ser humano.

Muitos me perguntam: o que vc tem contra a música que se houve em boates, shows, rádios, tv’s, etc? A princípio, nada. Pois, pra mim, seria óbvio que as pessoas entenderiam aquilo como apenas um tipo de manifestação da cultura musical, o tipo comercial. Pra mim, é claro que todos os seres com um cérebro dentro da cabeça entenderiam que o conhecimento e a cultura transcendem o que passa na tv... Mas não é isso que acontece. As massas restringem sua realidade àquilo que é fácil de entender e que é fácil de se ter acesso. Qual o problema disso? O mundo esta ficando burro, esse é o problema!

A música, em seu princípio, não é uma fórmula geométrica de 3 minutos que intercala verso, refrão, verso... ou um bate-estaca repetitivo e alucinante que faz vc varar dias acordado sob o efeito de drogas em um espiral psicótico de alucinação. Isso não é música! Música vai além de tudo isso! Como diria Nietzsche, “A música nos oferece momentos de verdadeiros sentimentos”. O que Nietzsche tenta dizer é que a música está intrinsecamente relacionada com paixões, com sentimentos, com a expressão máxima que o ser humano tem de sua subjetividade. Não é simplesmente ouvir uma baladinha pra ficar animado ou um hip-hop pra se sentir o cara do mal rodeado por putas. Música é a realização de algo intangível de tão grandioso e complexo. Construir uma obra musical é uma tarefa que exige reflexão, cuidado, estudo e paixão. Quem consegue entender esse conceito de música consegue expandir sua compreensão do mundo, o que abre novas possibilidades de construir uma realidade diferente, uma realidade melhor. Ficar preso no que toca na Jovem Pan, no Caldeirão do Huck, na Universo Paralelo... etc... vai atrofiando o cérebro daquelas que negam sua essência racional e insistem na hipotrofia intelectual. Não é a toa que na comunidade dos blogs de rock progressivo, jazz e outros gêneros da boa música, sempre existem discussões de alto nível intelectual. Nessa comunidade virtual conhecemos, mesmo que virtualmente, pessoas polidas, letradas, bem educadas e muito inteligentes. Pq? Pq são pessoas preocupadas em expandir seu conhecimento e sua cultura, não ficam presas no show de horrores que a mídia insiste em promover. Enquanto isso basta uma rápida olhada pelas comunidades do Orkut relacionadas a qualquer tipo porcaria de música para percebermos a falta de qualquer tipo de lapidação mental das pessoas, nem mesmo escrever corretamente as pessoas conseguem mais... Não que os textos aqui postados sejam um primor da gramática e do exercício intelectual, mas aqui, pelo menos, nós tentamos nos melhorar a cada dia. Nós tentamos levar a todos uma pitada de cultura, apenas uma fração do que o mundo pode nos oferecer se estivermos com a cabeça aberta.

Em contraste a isso somos obrigados a encarar uma frase comum que sempre escutarmos por aí: “Poxa, vcs são tão cabeça fechada...”
Essa frase fecha minha argumentação com chave de ouro, pois nós, que buscamos todos os dias, incansavelmente, novas fontes de conhecimento, cultura e gêneros musicais, somos os ‘cabeça fechada’! Simplesmente genial! Por outro lado, quem simplesmente reproduz o que ouviu na tv, rádio e na boate é cabeça aberta...

Isso tudo foi colocado aqui para efeitos de reflexão. Para ver se as pessoas conseguem compreender essa argumentação e essa nova visão da realidade. Para os blogueros de plantão e ‘soldados’ da boa causa digo que devemos sempre lutar contra o fluxo da massa e tentar construir um mundo mais lúcido e coerente, de pessoas dispostas a realmente ‘abrirem’ suas cabeças para novas experiências culturais, mesmo sendo uma tarefa bem difícil, haja visto as figuras que temos que encarar por essa vida.


Danda.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Well, well... Mr. Orford


This post deserves a full coverage, that's why we are writing in english. Recently, a SS member, namely, Danda, sent an e-mail to Martin Orford. This guy was, untill last year, simply the keyboardist since 1983 from one of the greatest neo progressive band from England called IQ. The content speaks for itself. We have already been through this discussion and in matter of fact that's not the point here, though we can afford it pretty well if someone desires.

Click the image to enlarge and read the "no thanks to" part.

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Date: 2009/9/15
Subject: Fan from Brazil! (please read my email)
To: gepuk@msn.com


Hello, Mr.Orford,
First I must say that I'm a big fan, I really admire your work. The Old Road is great!

Second, I'd like to say that I got really disappointed with the words you mentioned on the Old Road cover, in the part “no thanks to”. I was offended when I saw one of my idols saying that people who download or upload music on the web don’t deserve “thanks”. Just so you know, if wasn’t for people uploading this material on the web I would’ve never known your music (or IQ, or a thousand other bands). I live in a country called Brazil, this kind of music simply doesn’t get here by any means, and there are a few stores that sell imported records here, none of them in my city (the one stored that sold this kind of stuff doesnt exist no more). To download things from the web it’s the only way I can get to know new bands. Thanks to people who upload this stuff to the web I can now buy the original versions that I liked the most from foreign websites, like my recently purchased IQ – Subterranea Live dvd, that I bought from Amazon. And I need to carefully choose which ones I’m gonna buy, because when I buy something imported I have to pay, at least, 2 times what it costs because of taxes and currency differences. What costs 10 pounds for you to buy I pay the equivalent to 50 US dollars.

What you are saying basically is that I’m not entitled to hear new albums because I don’t have the money to buy them… Yeah, that sounds a really “pro-culture attitude”. The Old Road I got here is downloaded, but after your words I’m not really sure if it is worth to buy the original version.

I hope you re-think your attitude because I’m a huge fan, and I wouldn’t like to be disappointed by people that I so much admire.

Cheers,

Danda


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From: Martin Orford <gepuk@msn.com>
Date: 2009/9/15
Subject: Re: Fan from Brazil! (please read my email)


Hi Danda
Illegal downloading might be good for you, but it is not good for me. In fact it has completely destroyed my musical career and I will not be making any more albums in the future because I simply can't afford to. I am now unemployed and living on welfare benefits so I have every right to be angry with the people and the Internet "culture" which has robbed me of the opportunity to make an honest (and never well-paid) living.
Having run GEP Records single-handed for many years I have now been forced to give that up as there is no money left to pay me even a very small wage for running the label. CD sales (which used to pay for new albums to be made) have dropped by about 80% in the last 3 years, and unsurprisingly most of the main distributors like Pinnacle and SPV (who not only sold CDs but also legal downloads) have gone out of business in the last 9 months. In my opinion this is entirely caused by illegal downloading and it really doesn't matter to me if people wouldn't have heard my music without resorting to Torrent sites. I'd rather have one fan who pays for their music than 100,000 who don't.
Making albums is very expensive and fans who don't buy anything are no use at all, and if that offends you, then too bad. I absolutely 100% don't think you have the right to hear albums if you're not prepared to pay for them, the same way that I don't have the right to walk into a shop and take something off the shelf without paying. It's no good playing the "poverty card" with me because I'm poor too!
If you are disappointed with my attitude then don't download my albums anymore - I shan't lose any sleep over that.
Martin Orford

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Oh, I won't even respond to your words. But you can be sure that I won't download or buy ANYTHING from an ignorant person like you.


Good luck.

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Good, suits me fine. People like you disgust me.
Martin Orford

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

5


DIVULGAÇÃO

Conheça e baixe o novo cd da banda brasileira Pandora101!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Tetéia!


Este post é um simples upload dos cds que o Esquadrão SS comprou recentemente. Nada fora do comum e também fácil de achar na internet. Além do mais, os sites oficiais estão recheados de informações sobre as bandas. As duas bandas têm em comum Roine Stolt e serem classificadas como progressivo sinfônico. Veremos...

Kaipa tem como lider Hans Lundin. Tirando o que ele pensa sobre música, o resto é bom. O álbum Mind Revolutions conta com Roine, claro, Patrik Lundström da banda Ritual nos vocais e Aleena também nos vocais. Vou dizer que, em geral, não gostei dos vocais dela. Achei que simplesmente, em algumas músicas, não combinou com a banda. Com o Patrik é diferente. As minhas preferidas são The dodger, Last free Indian e a Mindrevolutions que tem quase 26 minutos. Mas o álbum é realmente muito bom.
Site
Link: Mindrevolutions


A outra é a conhecida banda The Flower Kings. Agora sim, completamente encabeçada por Roine. Este cd é um dos meus preferidos da banda. Posso dizer que todas as músicas são excepcionais. Talvez canse um pouco ouvir a de 24 minutos, Love Is the Only Answer, porém quando tiramos um tempo vale a pena. A Trading My Soul é pequena e precisa. Muito bem elaborada. Na minha opinião, a banda precisa de outro baterista. E, de fato, o próximo cd será com outro.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Brosol 157-200


A banda irlandesa instrumental 3epkano traz sons inusitados mesmo para quem está acostumado com climas orquestrados, tensos e obscuros. Segue-se a formação: Lioba Petrie (cello),Karen Dervan (viola), Richard McCullough (keyboards/organ), James Mackin (drums), Laurence Mackin (bass), Cameron Doyle (electric guitar), Matthew Nolan (electric guitar).
O album At Land, de 2007, é o segundo e mescla passagens do que se diz por aí de experimental com levadas articuladas de vários instrumentos ao mesmo tempo e intercala climas realmentes calmos e bonitos. Sempre quando vejo o label experimental fico com o pé atrás. Não foi o caso deste.
A proposta da banda é fazer sons adequados a trilhas sonoras de filmes. Pode-se conferir no myspace um pouco dessa parte. O site ainda oferece alguns links de download. No mínimo, teste!

Site
Myspace

Link para Download: At Land

Link Alternativo: At Land

Rodolfo

terça-feira, 7 de julho de 2009

Revisão Economica e Política

Esse extrato de reflexão pretende tratar do atual panorama econômico de alguns países e de certos aspectos políticos do mundo. Como há muito tempo não faço, resolvi arriscar um apanhado geral sobre alguns aspectos que eu tenho achado bem interessante em algumas partes do mundo.

Acredito que estamos encarando um período bem interessante na nossa história nacional e mundial. Muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo, muitas coisas ruins, mas muitas coisas boas também. A começar pelo conjunto de estadistas que atualmente estão comandando o espetáculo. É uma seleção, no mínimo, interessante.

Na América do Sul temos um punhado de esquerdistas que tomam conta de tudo. Talvez, o mais controverso de todos seja Hugo Chávez, que está sempre metido em questões polêmicas, acusações de abuso do aparato público para instaurar uma ditadura, brigas com os EUA, etc... Mas Chávez, em meio a golpes de estado e deposições, conseguiu se tornar uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, segundo a revista Times. A Venezuela é uma peça chave na rota do petróleo (12% do PIB venezuelano está ligado à atividade petroleira)[1] e Chávez se baseia nisso para conseguir respaldo de suas ações. A tolerância dos EUA com a Venezuela só existe por causa do petróleo, nada mais. Os EUA chegam a considerar a Venezuela uma ameaça a segurança na América Latina. Porém, os EUA, sendo grandes consumidores de petróleo, não podem fazer muito a respeito. A atividade petroleira faz com que a Venezuela cresça em torno de 10% a cada ano (em termos de PIB)[2]. Existe um esforço por parte do presidente em reinvestir esse capital de volta no país, gerando altas taxas de investimento (formação bruta de capital) em torno de 25% do PIB[3]. O problema é que o país ainda se volta muito para questões insolventes, tentando fazer chover no meio do deserto. A única forma de tratar questões como infra-estrutura para melhoria das condições básicas para se viver é conseguir construir um aparato decente de apoio ao cidadão. Esse aparato exige muitos recursos, obras e investimentos. Mesmo Chávez conseguindo altas taxas de investimento público nos setores base, ainda existe uma lacuna econômica no país. É o mesmo mal que assola a maioria dos países da América do Sul, a falta de confiança que eles passam para os investidores de fora. Isso afasta capital de investimento do país, atrasa o desenvolvimento básico de certas instituições e restringe o país a sua dependência do aparato público. Nenhum país consegue sobreviver apenas com o aparato público. O setor privado deve ser desenvolvido e mantido de forma coesa e bem estruturada. Mas apesar de negligenciar esses aspectos, Chávez tem grande carisma frente à população pobre, pois é um líder que baseia suas propostas na melhoria das condições de vida das comunidades pobres, isso lhe dá respaldo de manter sua governança.

Já na Argentina, Cristina Kirchner só não atrasa mais o país porque não consegue. O país é fonte de desconfiança para qualquer agente da dinâmica mundial. A economia argentina é um mistério para qualquer economista, nenhum investidor se arrisca por lá, pois não se pode confiar nos dados divulgados pelos órgãos públicos responsáveis. Nem mesmo o setor público argentino confia nos dados divulgados por ele mesmo. Para se ter uma noção, recentemente foram divulgados os dados do PIB argentino, os analistas simplesmente disseram: a margem de erro é de 2% nos número de crescimento do PIB[4]. (!!) Uma margem suficiente para classificar uma economia tanto como expansionista como recessiva!! Um total absurdo. E no que isso afeta a vida das pessoas? Bom, o dado que acusam o governo de manipular é simplesmente a inflação. Acho que o brasileiro bem sabe como é ter problemas com a inflação. Basicamente isso indica a falta de coerência entre oferta e demanda dentro da economia. A inflação delata problemas na balança comercial, problemas no câmbio e, além de tudo, problemas nos custos produtivos. E mesmo eles sendo os responsáveis por estragar sua própria economia, ainda ficam reclamando e choramingando novas barreiras comerciais para proteger o deturpado mercado interno do país. Para se ter uma noção do estado caótico das coisas até o Vice de Cristina, Julio Cobos, se virou contra ela, quando esta tentou colocar um encargo tributário em cima das exportações dos agricultores (que corresponde a 60% do total de exportações). Desde que Julio Cobos vetou a estripulia de Cristina que os dois estão sem falar. A votação parlamentar que aconteceu agora por lá indicou bem a decadência do governo dos Kirchner. A oposição agora toma conta da maioria do congresso, e os indicadores de aprovação do governo de Cristina vêm cada dia mais perto do fundo do poço. O que podemos esperar é que o futuro da Argentina guarde uma surpresa agradável... do contrário não sei exatamente a Argentina vai parar.

Nos EUA, talvez o homem mais relevante do momento, Barack Obama se elegeu presidente. Um líder democrata ‘semi-negro’ que rompeu com a barreira racial que atrasa os EUA até hoje. Mas ele foi obrigado a se contorcer por caminhos comuns a fim de obter aceitação nacional. A eleição de um negro nos EUA sempre foi esperada como uma ‘libertação’ da causa racial, pois, finalmente, a comunidade negra teria um representante. Mas, sejamos honestos, Obama não é bem um representante da comunidade negra norte-americana. Ele não carrega com ele os modos de falar, agir e pensar dos negros norte-americanos. Ele não é o cara que vai sentar com um bando de ‘nigga’ e conversar como se nada estivesse acontecendo. Obama teve de se ‘infiltrar’ na política, ele teve de se camuflar, e ele fez isso sendo igual aos outros políticos. Nada mais natural.

Agora, já eleito e nos braços do povo, Obama enfrente o caos do setor financeiro norte-americano, e carrega fichas pesadas de aposta em suas costas. O democrata está sendo responsável por arquitetar uma reforma do setor financeiro americano. O mercado terá que enfrentar uma total reformulação institucional, que criará organismos de controle e vigília sobre as ações financeiras. O que, pra nós brasileiros, não é nenhuma novidade. Aqui nós já temos a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central vigiando e mantendo controle sobre os arcabouços perigosos do mercado financeiro. O conservadorismo brasileiro, tanto criticado pelos investidores estrangeiros em outrora, agora é referência para os países mais desenvolvidos do mundo. Além de ter que criar esses organismos, Obama visa uma reforma tributária ampla, deslocando a carga fiscal da classe média para conseguir incentivar o consumo e aquecer a economia. Conseguir um aumento de consumo e movimentação econômica agora vai ser difícil, pois o crédito está escasso. O povo americano, que é conhecido pelo consumo desenfreado e pelo acúmulo de dívidas, terá que se contentar com a diminuição brusca do crédito daqui pra frente. Segundo o IIF (International Institute of Finance), os bancos vão reduzir até U$ 2,7 trilhões das linhas de crédito para cartões até 2010, é um valor quase igual ao PIB brasileiro. Essa desalavancagem mostra como o mercado americano flutua sobre um capital desregulado. Juntar os cacos dessa economia e conseguir remendar tudo vai ser uma tarefa complicada, mas eu estou otimista quanto ao potencial de Barack Obama.

Por aqui no Brasil, já há 7anos no poder, temos o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva. Lula foi um metalúrgico do movimento sindical, que lutou por décadas para alcançar o posto mais alto na hierarquia pública da nossa nação. Foi uma luta imensa e que teve que romper com vários paradigmas da sociedade brasileira. A nossa democracia é muito recente e quase sempre tivemos líderes direitistas à frente do país. Eleger um líder sindical que nem tem ensino superior foi algo memorável. Bom ou ruim, é um capítulo que entrará para a nossa história, pois é uma quebra de paradigma significativa. Alguns dizem que não significou tanto, já que o governo do Lula se contorceu para a centro-esquerda e beliscou várias vezes o lado da política direitista. Mas, da mesma forma como Obama se ‘camuflou para chegar a Casa Branca, Lula se ‘poliu’ para chegar ao Palácio do Planalto. Descrevo a atitude do Lula assim como a de Obama, ‘nada mais natural’. Explicito que se o candidato percebe que seu sucesso está condenado pela forma como ele age, fala ou reivindica certas causas, ele vai mudar e tentar chegar o mais próximo possível daquilo que as pessoas esperam dele. Esse é o caminho para o êxito, é a forma que o candidato vai ter de chegar ao poder. Apenas depois de assumir controle dos meios materiais é que o político tem condições de mudar ou consertar o que pretende. Deixo claro que não estou falando de quem se corrompe para alcançar seus objetivos, mas sim de quem é flexível nas suas atitudes, de quem sabe usar da conjuntura para alterar a estrutura.

Se contrastarmos Lula com os seus ‘parceiros’ latino-americanos acredito ficar um pouco mais nítido o bem que fez para o nosso país essa mudança na postura de Lula. Acredito que se tivéssemos aquele velho líder sindical maluco à frente do nosso país o caos estaria perto, e a Argentina é que estaria caçoando de nós nesse momento. Mas contrariando todas as expectativas de 20 anos atrás somos nós que estamos despontando como líderes econômicos da América do Sul, e não a Argentina. Enquanto eles ainda lutam, usando ferramentas rudimentares e arcaicas, com câmbio e inflação, nós temos certa tranqüilidade na flutuação da nossa moeda e na aposta de baixa na inflação e nos juros.

O Brasil chegou em um ponto que é possível conceder benefícios aos setores reais da economia aproximando os juros do zero, corrigindo apenas o deságio inflacionário, em torno de 4,5 a.a[5]. Finalmente conseguimos vencer a flutuação descontrolada do câmbio e manutenção do mesmo de forma artificial pelo Banco Central, o que criava déficits enormes nas contas públicas. Hoje o nosso câmbio flutua dentro de margens seguras, com poucas interferências do Banco Central. O resultado disso é muito mais segurança econômica, é você poder guardar seu dinheiro em casa sem medo de que ele esteja valendo a metade do que valia 6 meses atrás. Mas como chegamos até aqui? Acho que todos devem lembrar do Plano Real.

O Plano Real foi um conjunto de medidas econômicas formuladas por um time de economistas e estudiosos da área, convocados pelo então Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, sob a administração do governo de Itamar Franco em 1993. O Plano tinha o objetivo de substituir a moeda corrente na época, Cruzeiro Real (também implantada por FHC), pelo Real e tentar minimizar os efeitos da inflação e da flutuação cambial sobre a nossa economia. O Plano entrou em vigor em 1994 e foi a plataforma para a eleição de Fernando Henrique Cardoso. O Brasil conseguiu trocar de moeda quase que do dia para a noite, de forma ordenada e planejada, suavizando todos os efeitos negativos da troca repentina de moeda. Foi criada, por lei, a URV, Unidade Real de Valor, que tinha por objetivo manter o poder de conversão da antiga moeda até que toda a substituição tivesse sido feita. Dessa forma evitou-se o pânico e a correria que se cria quando o governo confisca repentinamente toda a moeda ‘velha’ da economia para implantar uma nova e cria um deságio no valor de troca. Já o problema da inflação era mais complicado e exigiu algumas medidas mais bem arquitetadas, como por exemplo, a desindexação da economia, que passou a reajustar os preços anualmente seguindo os custos reais da produção. Isso é necessário se fazer porquê o processo inflacionário no Brasil ocorria pela falta de infra-estrutura produtiva, o descontrole salarial e da balança comercial deficitária, o que criava um ambiente de descompasso completo entre oferta e demanda no mercado interno. Esse processo condenava o país a um ciclo de correções de preço quase que a cada minuto. Para que o país conseguisse fugir desse ciclo, a aplicação da desindexação econômica foi fundamental, mas teve de ser aliada a uma abertura econômica ampla, que seria o instrumento responsável por preencher as lacunas deixadas pela indústria brasileira. Ou seja, como o governo impôs restrições do reajuste de preços ele também teve que providenciar a oferta de mercadorias que fossem capazes de completar o mercado. Além disso, foi definida a política cambial como câmbio artificialmente controlado, o que levou as contas públicas a atingir grandes déficits, pois o Banco Central era constantemente obrigado a utilizar suas reservas para manter a paridade cambial. Para corrigir isso foram adotas medidas para aumentar a arrecadação federal e cortar os gastos públicos. O problema é que uma das medidas para aumentar a arrecadação consistia no maior recolhimento dos depósitos compulsórios, o que restringia o financiamento ao setor produtivo. A timidez do crescimento do nosso setor produtivo, aliada às privatizações ocorridas no período atrasaram, de certo modo, o desenvolvimento da indústria nacional. Isso contrastava com a idéia do governo de que uma maior abertura comercial traria maior desenvolvimento da indústria.

Hoje temos essas falhas corrigidas. Temos amplo incentivo à indústria e à exportação. O BNDES se tornou ator central na política econômica e exerce papel importantíssimo na nossa atual conjuntura, financiando, não só a exportação, como a própria produção para o mercado interno. O BNDES oferece uma gama enorme de programas de financiamento para diversos setores e finalidades. Os programas de incentivo aos setores fundamentais formam um amplo leque de políticas bem coerentes. Obviamente ainda estamos falando de Brasil, e por aqui as coisas são lentas. O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), por exemplo, mesmo tendo sido bem arquitetado, ainda enfrenta problemas da decadência burocrática do aparato institucional do Estado. Temos pouco mais de 13% das obras do PAC concluídas[6]. E o ritmo vai continuar sendo lento, pois a própria máquina estatal é lenta e atrasada. Por outro lado, nossa política econômica consegue focar bem no setor produtivo, e o alastramento do crédito e principalmente do micro-crédito, facilitaram o caminho para pequenas e médias empresas. Ainda existem certos problemas quase culturais, por exemplo, o Brasil tem, encardido em sua história, a tradição de se sustentar no crescimento das grandes empresas e latifúndios e nas gigantes estatais, como Petrobrás, Siderúrgica Nacional, etc. Porém, temos que passar a valorizar os pequenos e médios empresários de certos setores, valorizar as empresas que conseguem fazer a diferença no desenvolvimento da indústria. Não adianta incentivarmos uma pequena siderúrgica para competir com a Vale, ela realmente não tem vez frente as gigantes. Também não adianta continuarmos incentivando a agricultura em larga escala, pois precisamos expandir nossa capacidade produtiva com valor agregado. Temos que abrir lugar para as empresas crescerem em setores subdesenvolvidos ou atrofiados, principalmente aliando isso a investimentos à pesquisa. Pesquisa e desenvolvimento tecnológico são pilares centrais de qualquer país de ponta, e eu acredito que, finalmente, estamos conseguindo dar os primeiros passos sólidos em termos de investimento em pesquisa. Em 2004 o governo repassou pouco mais de R$ 318 milhões para atividades profissionais, científicas e técnicas. Em 2008 esse número quase dobrou, chegando a pouco mais de R$ 600 milhões de repasse[7]. São passos bem tímidos ainda, mas já traçam, na direção certa, o começo de uma longa jornada.

Mas todos sabemos que para desenvolver pesquisa e desenvolvimento em um país é necessário se desenvolver a base de tudo! O sistema educacional. Aí que a coisa fica feia. Pois, ao contrário da econômica, não bastam medidas objetivas do dia pra noite ou um repasse de verbas para resolver o problema. Deve-se efetivar uma reforma completa da estrutura do sistema educacional. A revisão institucional é fundamental para se alavancar o conhecimento. Mas o que vemos é que cada dia mais se aumenta uma disparidade enorme entre o sistema público de ensino e o mínimo que se exige para uma pessoa ser alfabetizada. Enquanto as escolas particulares aumentam seus carnês de mensalidades a cada ano para valores astronômicos as escolas públicas vão baixando cada vez mais seus critérios de ensino. Nesse aspecto ainda temos uma caminhada longa... muito longa.




[1] Banco Central da Venezuela.
[2] Banco Central da Venezuela
[3] Banco Mundial
[4] Jornal Valor Econômico do dia 19/06/09.
[5] Banco Central do Brasil
[6] Folha Online no dia 03/06/2009
[7] Portal da Transparência
Danda.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

27 Km

Banda brasileira chamada Sincrônica muito pouco divulgada. Fazem um excelente trabalho mesclando diversas influências na música instrumental. A formação é composta por Beto Sporleder (sax-barítono, sax-soprano, e flautas), Eduardo "Pitú" Rassi (guitarras), Adriano Radael (bateria)San (percussão), Pedro Sossego (baixo e violão) e Samir El-Shaer (violão e guitarra).

Apesar de o lançamento, de 2004, Música Para Os Olhos ser curto, com seus 30 e poucos minutos, é recheado de composições inteligentes e de extremo bom gosto. Os arranjos são muito bem elaborados e conseguem enaltecer a performance de todo o grupo. Eu destaco principalmente o baixo muito presente com linhas nada entediantes e o trabalho das guitarras que, pelo "visto", é a linha mestra condutora. O toque dos sopros dão aquele ar brasileiro nas músicas.

Além disso tudo, a banda disponibiliza o cd no site Trama Virtual para download. Para isso, basta se cadastrar. Na tentativa de comprar direto da banda, descobri que saiu de fabricação. Porém, a banda já está pretendendo lançar outro disco. Para os mais preguiçosos, disponibilizarei os links para download. Mas recomendo fortemente baixar direito da banda. Aproveitem!

Site

Download pelo Trama Virtual.

Link alternativo:
-Música Para Os OLhos


Rodolfo

sábado, 4 de abril de 2009

Índice de Reflexão



Esta postagem não é apenas de uma banda. Deixarei a banda por último.
Por coincidência, a partir da banda Mirrors Mountain, pude conhecer o site jamendo, que é uma plataforma para downloads musicais para baixar música gratuita e legal. Creative Commons dispõe licenças gratuitas que permitem aos artistas garantir seus direitos sobre suas obras artísitcas. Simples de utilizar e de acordo com os padrões web, as autorizações concedidas ao público não são exclusivas e permitem que este usufrua das obras, entretanto, existindo a possibilidade de restringir o uso comercial da obra, os seus trabalhos derivados ou o grau de liberdade concedido. Partindo da idéia de "todos os direitos reservados" do direito autoral tradicional a Creative Commons a recriou para transformá-la em "alguns direitos reservados". A definição de música livre é a música que não é gerenciada por sociedades de direitos coletivos(MCPS, ASCAP, SOCAN, BMI, BUMA...) - tirem um tempo pra ler sobre o que essas siglas significam. Artistas escolhem proteger seus direitos através de licenças não exclusiva como Creative Commons. "Música livre" não significa custo zero ou qualquer direito restritivo, mas "alguns direitos reservados". Artistas definem que direitos eles garantem à suas músicas através da escolha da sua licença. O Jamendo pode ser legal e gratuito graças às licenças Creative Commons. Elas autorizam a difusão e a distribuição (downloads, redes P2P, etc.) gratuitas e inteiramente legal. São os artistas que escolhem este tipo de licença e, consequentemente, optam também por utilizar o Jamendo para promover e divulgar seus trabalhos. Lá se encontra vários estilos de músicas. Baixei algumas bandas mas ainda não escutei. Quem ouvir algo bom deixe um comentário pra gente.
Nesse mesmo ritmo, o blog Blacksmith Lion's Field frequentemente divulga diversas bandas relacionadas a música progressiva, além dos blogs já disponíveis ao lado. Ainda, vou fazer como ele e colocarei link's de bandas que disponibilizam downloads no seu próprio site.



A banda Mountain Mirrors faz um som "heavy acoustic music from the Massachusetts woods", como seu próprio site exclama. Possui três cds, mas infelizmente só o de 2006 conseguiu despertar algum interesse. O cd também se chama Mountain Mirrors e traz cordas de violão trastejadas, toques sutis de teclados, uma batera nervosa e voz sóbria. Esse conjunto de características deixa o som interessante. Os solos de teclados são bem parcimoniosos - às vezes até demais. Ao contrário da mão pesada do violão. Apesar de aos poucos o disco ficar mais light.

Site

Link para download (jamendo): Mountain Mirrors





Rodolfo

quinta-feira, 12 de março de 2009

Em nome do pai, do filho da p*...




Trago de volta para pauta de discussões as peripécias da igreja católica. Sim, mais temas polêmicos! E foram dois eventos particulares nesta semana que me chamaram a atenção: as declarações do Dom Dedé no caso da menina de 9 anos abusada pelo padrasto e o artigo do jornal do vaticano L’Osservatore Romano em homenagem ao dia das mulheres. Vamos começar pelo primeiro.

Para quem não está familiarizado com a história envolvendo Dom Dedé, o que o ocorreu foi o seguinte: uma menina de 9 anos foi abusada pelo padrasto e engravidou, de gêmeos. A garota, além de ter 9 anos de idade, não tinha uma saúde boa, provável resultado de má nutrição na infância, o que apontava para uma gravidez de muito risco. A mãe da menina a levou para fazer um aborto e, após o aborto ter sido feito, Dom Dedé excomungou toda a equipe cirúrgica e médica que ajudou a menina. Detalhe: ele não excomungou o padrasto estuprador, pois segundo ele, o pecado pior foi dos médicos (assassinato).Dentre muitas declarações imbecis o tal Dom Dedé afirmou coisas como “aborto é assassinato, não podemos acabar com duas vidas para salvar outra, todas as vidas são igualmente importantes”. Bom, me recorreu o seguinte pensamento: temos dados estatísticos que nos levam a crer que certos tipos de gravidez são de risco e que, muito provavelmente, a menina, assim como os gêmeos, morreriam durante a gravidez. Esse tipo de argumento não pode ser usado pela igreja porque a ciência não é obra de Deus (o capeta que deve ter criado a ciência, medicina e todas essas coisas que tanto atrapalham o nosso dia a dia), mas o padrasto abusar da menina sim, isso sim faz parte dos planos divinos. De alguma forma deturpada de entendimento da realidade a menina estaria encarando os planos de Deus, sendo abusada pelo padrasto doente, e não poderia interferir no mesmo fazendo um aborto. Eu gostaria de entender o que se passa na cabeça das pessoas que corroboram com esse tipo de pensamento arcaico e oblíquo. “Ah, mas Deus tem um plano maior para ela! Depois do sofrimento ela será recompensada!”. Não é apenas um fato estatístico de que coisas boas e ruins acontecem intercaladamente, mas sim planos de Deus! Ciência não, crendice sim! Hmmm, então se a gente n seguir o plano de Deus a gente vai sofrer eternamente e nossa vivência aqui na Terra vai virar o caos... segundo acreditam. Se fosse assim era pra eu estar ardendo no meu sofrimento e agonia pelas heresias que divulgo aos quatro ventos do planeta. Mas pra que lógica se temos religião?!

Aproveitando o tema eu vou falar brevemente sobre aborto também (hoje n vai faltar farpa pra ninguém, hahaha). Assassinato... é a palavra que ta na boca da elite conservadora religiosa que vai contra a idéia do aborto. Assassinato implica em terminar uma vida de forma proposital pelas mãos de terceiros. E vida, o que significa vida? Não vamos nos ater ao conceito biológico da palavra, pois o mesmo é muito amplo. O conceito de vida para um ser humano é um conceito que vai fundo em indagações filosóficas. Vida implica em entender e responder a uma realidade. Vida implica em ação e reação entre agente e estrutura ou entre agentes. Vida é o que nos determina como seres únicos e pensantes, racionais e capazes de decisões embasadas.

Um bebê em gestação só começa a desenvolver suas capacidades sensoriais a partir do segundo mês de gravidez, ou seja, é aí que ele começa a perceber o mundo. Até então ele é apenas um organismo em funcionamento, como uma planta. O que torna os humanos distintos dessa definição de vida biológica é justamente nossa capacidade de entender a realidade e reagir a isso de forma intencional e objetiva. Falar em assassinato até o segundo mês de gestação, na minha opinião, é forçar muito a barra para uma visão extremista e embaçada que a religião tem sobre o mundo. O aborto até esse período seria apenas o término de um organismo em funcionamento, que não reage à realidade e ainda não captura a dinâmica que o envolve. Tudo bem, é uma visão e fria e existe muita coisa por trás disso, eu sei. Além dessa visão fria existe toda a situação que se constroem no mundo fora do útero da gestante. O significado que se atribui à formulação de uma vida dentro de uma pessoa, etc. Por esses fatores o acompanhamento psicológico da gestante e dos envolvidos na história é necessário. Mas na visão do Dom Pateta (Dedé) e de outros zumbis da igreja o melhor seria uma menina de 9 anos passar por uma gestação de risco e, caso tudo desse certo (remotíssima possibilidade), dar a luz aos gêmeos de seu padrasto. E, obviamente, na cabeça desses ignóbeis, esses gêmeos seriam criados num ambiente de amor e conforto com direito a toda infra-estrutura que uma criança merece. Aham... É assim que o mundo funciona.

Bom, vamos partir para o segundo tema da semana: o jornalzinho do Vaticano. Título do artigo? "A Máquina de lavar e a liberação das mulheres --ponha detergente, feche a tampa e relaxe". Genial. O artigo defende que a máquina de lavar fez mais pela liberação das mulheres do que qualquer outra coisa. Claro, as mulheres terem espaço no mercado de trabalho não significou nada mesmo. Muito menos a pílula contraceptiva, que evita gravidez indesejada. Pra entender essa colocação brilhante do vaticano me pus a pensar. A única forma de esse pensamento fazer sentido é se tomarmos como base o princípio de que a função natural da mulher, pela vontade de Deus, é de ficar em casa cumprindo suas tarefas do lar. Dessa forma, sim, a máquina de lavar foi uma grande ajuda às mulheres.

Mas se nós quisermos realmente usar os nossos cérebros, logo perceberemos que mulheres não foram criadas para ficar enfurnadas em cozinhas e faxinas de banheiros. Aliás, de acordo com o que acredito, não fomos criados para nada, não há propósito na criação. Existe apenas o significado que nós mesmos atribuímos à nossa realidade. Dessa forma, qualquer ser é livre para traçar qualquer caminho para sua vida, construir sua própria realidade. Já a igreja parece acreditar em um plano restrito de obediência e retidão cega miradas no além. Ou seja: viva, obedeça e morra esperando que vai ter algo depois. Deus quer assim. Então, mulheres, acordem! Não vivam acreditando em servidão e cegueira da mente (a não ser que queiram pegar uma cerveja bem gelada pra gente ali na geladeira e fritar uma calabresa pra gente petiscar... hahahah brincadeira). Aliás, não só mulheres, todos os seres humanos lendo isso! Usem vossos cérebros, repudiem uma visão torta e distorcida da sua própria realidade. Vivam por si mesmos, criem uma vida construtiva para si e para todos ao seu redor!

E para fechar gostaria de dar meus pêsames aos que ainda acreditam numa doutrina quase fascista que são as religiões cristãs. Para os que não acreditam, eu os concedo meus sinceros cumprimentos e me gratifico em saber que ainda existem mentes pensantes no mundo.


Danda.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Densidade infinita


Banda composta por John Green (Keyboards, Vocals), Jamie McGregor (Drums, Vocals), Scott Cleland (Guitars, Vocals, Cello) e Jonathan Patch (Bass, Vocals, Flute). O som de Singularity não é nada fora do comum, mas as composições são finas e bem estruturadas. Riffs e teclados nada exagerados que conseguem se adequar ao vocal de Green. Engraçado que os efeitos dos teclados lembram Fruitcake e Izz, duas ótimas bandas de prog. O baixo de Patch não é estilo Geddy Lee mas tem presença. Uma banda de prog, e congêneres, fica mais interessante quando o baixo faz parte da composição e não um mero bumbo despercebido.

Sobre o cd Of All The Mysteries, a primeira e última músicas são as que preenchem o disco. Dois temas pegajosos e bem executados. As músicas intermediárias são leves e com letras melosas. Uma novidade nova e inédita que agradará qualquer um que goste do gênero.

Site

Link para Download: Of All The Mysteries
ou
Link para Download: Of All The Mysteries

Rodolfo

sábado, 3 de janeiro de 2009

Destilado e límpido


Este álbum é de cabeçeira desde meus 15 anos. O fato é que ele é bom demais! Escutei sem saber quem tocava e, logo depois, fui atrás de cada um dos músicos, em especial, do saxofonista e do guitarrista. O quarteto é feito de Paul Desmond (alto sax), Ed Bickert (guitarra), Ron Carter (baixo) e Connie Kay (bateria). Desmond e Bickert são top 3 nos instrumentos, obviamente dentro do jazz. Talvez Jim Hall e Zoot Sims corram paralelamente.
Em todo caso, o sax é espetacular. Dizia um professor que tocar devagar é mais difícil do que tocar rápido. Em alta velocidade pegue qualquer maníaco por escalas e afobado que conseguirá tocar muita coisa. O que se trata aqui é de escolher cada nota com espaço dentro da música, com o seu lugar complementando o todo. Analogamente a David Gilmour, Neil Peart; muitas vezes negligenciando a capacidade técnica que, no fim das contas, é prescindível. Desmond toca de maneira singela e sem pressa composições renomadas e seu improviso é completamente diferente das fases malucas de John Coltrane. No plano guitarrístico o canadense Ed Bickert desenvolve a mesma pegada e paciência. Além dos solos primordialmente tocados, a base feita para o sax é algo incrível. Outro destaque, só que mais facilmente notado, são as intro na medida certa, sem escapar do tema original. O baixista Ron Carter tem um carreira admirável e nesta gravação não fez nada feio. Muito pelo contrário. O baixo é muito presente no melhor estilo walking bass que se pode ter. O baterista não é tão conhecido quanto os últimos três mas sem dúvida não foi escolhido a toa. Connie acompanha de perto o trio.
Além de ótimos músicos, a escolha das músicas é ponto chave. As duas primeiras aquecem muito bem o ouvinte, tanto pela familiaridade quanto pelo timbre introduzido pelo grupo. Aliás, naquela idade fiquei aficcionado com o jeito de tocar de Ed que fazendo a caça rotineira pela internet achei uma partitura de I'm Old Fashioned. Colocarei um link para quem achar interessante e manjar um pouquinho de guitarra. Na sequência, as faixas alternam temas agitados e bem lentos. O cd fecha com chave de ouro. Wave é tocada de maneira muito peculiar que dá vontade até de colocar no repeat. Como dizem por aí: ALTAMENTE RECOMENDADO!

Link para Download: Pure Desmond
ou
Link para Download: Pure Desmond

Guitar solo: I'm Old Fashioned

Rodolfo